Uma pétala adormece nos braços do vento
Que sem piedade, a leva rudemente
Ao leito, de ervas, do amor convento
Para a depor, como uma semente
Algo fabuloso, que só é ternura
No chão consagrado, e vai rebentar
Um quadro pintado, só de formosura
O frágil da pétala, fundo como o mar
Triste a menina, ali a encontro
Parecia perdida; quando a achei
Mas tão ternurenta, caramelo em ponto
Na palma da mão, então fiz saltar
A pétala de flor, quadro colorido
Coisa pequenina, grande pelo amar.
Carlos Tronco
Mondevile
17/03/05
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