Perdido em qualquer parte, entre um céu e terra
procurando sem saber, se a vida tem sentido
sentei-me e esperei, que aparecesse algum amigo
mas a espera foi vã, mesmo se longa e sincera
Não tendo com quem falar, confiei-me ao sol que via
perguntei-lhe porque ali estava, pedi-lhe a iluminação
que me dissesse enfim, que me pegasse na mão
e mostrasse depois da noite, porque volta cada dia
Surpreendeu-me o astro rei, teve que me confessar
não sabia porque vinha, mas achava natural
uma vez que luz ele tinha, que continuasse a brilhar
Concordei com o novo amigo, que procurei imitar
estendi os magros braços, como raios, para o céu
em vez de aquecer as almas, só me consegui queimar.
Carlos Tronco
Algures
04/08/05
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