sexta-feira, 12 de junho de 2009

Chorar

De mãos fadistas, doce carícia
Na pele vibrante, nas tuas cordas
Sente dos dedos, mas sem malícia
O carinho sagrado, tu quando acordas

Tu, oh! guitarra, fêmea encantada
Da tua voz, doce e suave
Tornas mais leve, a madrugada
Contigo voo, tal uma ave

As tuas formas, arredondadas
Recordam as musas, tempos antigos
Em que nos bosques, viviam fadas

Esse teu cabo, que não tem fim
De alguma Deusa, lembra-me as pernas
Meias de vidro, cor de marfim.

CARLOS TRONCO
Mondeville
06/12/05

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