sábado, 27 de junho de 2009

Torre de Babel

Uma torre, só é torre, se for alta
E alta só é, se não cair
Não basta ao Altíssimo pedir
É no chão, que a altura começa

Primeiro há que cavar; ventre materno (Pacha Mama)
A terra, que a todos dá o seu pão
Cavar deixa o seu traço, em cada mão
É na profundidade da cova que nasce o engenho

Alicerces sólidos, fé e alguma arte
Podem os muros da torre, então subir
E sólidos como o amor, já ninguém parte

Sonhamos que a nossa torre toca o céu
Esquecendo a triste história de Babel
Sonhamos levantar um dia o leve, véu.

Carlos Tronco
Mondeville
08/02/06

1 comentário:

carolus augustus lusitanus disse...

Caríssimo,

Blogue interessantíssimo, cheio de poesia...

Gostaria de saber se eu poderia publicar este seu belo poema no meu blogue (http://babel-ia.blogspot.com) traduzido para interlíngua, de que deixo aqui a prova.

Un turre lo es solmente si illo es alte
E alte illo lo es solmente si non cader
Il non suffice al Altissimo peter
Es in le solo que le altor comencia

Primo il es necesse cavar; gastro materne (Pacha Mama)
Le terra que a omnes da su pan
Cavar lassa su tracia in cata mano
Es in le profunditate del cavo que nasce le ingenio

Bases solide, fide, e alicun arte
Pote tunc le muros del turre scander
E solide como le amor jam nemo parte

Nos sonia que nostre turre tocca le celo
Oblidante le triste historia ab Babel
Nos sonia un die levar le leve velo


Saudações,
carlos soreto