sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Promessas




Dizia que apanhava os cabelos
porque a tua cabeleira
me dá vontade de acariciar,
sentir a textura, o perfume; compreendes?

Até esconder a minha face,
quando triste, quando dorido
para que não vejas a minha cara
para que não oiças as minhas lágrimas.

Para que possas continuar a amar-me,
que palavras poderia eu dizer?
Para que o milagre
da aceitação aconteça?

As minhas mãos tremem,
porque não conheço certezas
a minha voz treme,
porque apenas procuro.

O meu coração bate,
porque agora espero,
as minhas mãos pedem
porque o teu peito é doce

Para escrever, preciso de viver o momento
as letras vão caindo dos dedos
e as quedas vão formando palavras
e as palavras, vão gritando clamores.

Os clamores vão
chamando amores
e os amores vão
embalando as almas.

Carlos Tronco
Mondeville
25/10/06

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