domingo, 25 de outubro de 2009

Almas em ruína




Mil e muitos anos depois
Pedras. Já nem casas, nem tabernas
Cortiça. Cavalos. Talvez bois
Também, lajes largas para as pernas.

Imaginei da romana o cabelo
Junto à fonte, docemente, penteá-lo
Naquele quadro agreste mas singelo
Pudesse eu romano acaricia-lo...

Além corria água das nascentes
Fervia e subia aos céus; disso estou certo!
Nos banhos jorravam águas quentes.

Imaginei ser rei, imperador, ganhar a briga
Escravo da morena, da romana
À sombra dos sobreiros de Miróbriga.

Carlos Tronco
Santiago de Cacém
Julho 07

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