Acrescentar à letra cor, partilhar da alma o etéreo, mostrar da mão os calos, caminhar, ao lado, em silêncio.
domingo, 18 de outubro de 2009
Carlos simplesmente...
As mãos eu darei à tua cruz
ressuscite quem quiser que eu fico morto
apaixonei-me por prego, ferrugento, torto
e assim pregado, sonho ser Jesus
Imagino agora, por aí, chorando
as mulheres, que me amaram e que amei
um golpe de lança, firme, de vez em quando
e a esponja amarga, de fel, que adorei
O Pai assim me quis e fez-me louco
desejou ver-me pregado, aqui me tem
aceitei ser eu o morto, mais ninguém
Disseram-me, deixa ir outro pobre, qualquer
é o que mais prospera, neste mundo
mas quis subir lá cima pr'a saber.
Carlos Tronco “Carpinteiro”
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