Procuro no silêncio do teu ausente olhar
A esperança, o caminho, talvez a luz
Procuro, como esse alguém, subindo à Cruz.
Pensava que do alto pudesse compreender
Os homens e partilhando o seu sofrer
Pensava amolecer os corações mais duros.
A virgem ao pé da Cruz até chorou
Mas esse sonho nunca resultou
Os cravos já há muito enferrujaram.
Encontro no silêncio, creio, sim
Face ao espelho, à ruína, ao ruim
Vontade para nunca naufragar.
Tu és a sereia que me encanta
O sopro, o alento que levanta
A nau, que um dia há-de salvar.
Carlos Tronco
Caen
18/12/07
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