Olhos, para onde olhais?
A minha praia, exposta à noite,
ao norte, ao vento,
já não há conchas que a adornem.
A areia é muita e cega
quem interroga as estrelas.
De quando em quando,
passa uma cometa, a fugir
e é na sua cabeleira desguedelhada
por tantos anos-luz de incertezas,
que procuro enxugar as lágrimas
da minha ignorância.
Em vão.
Em vez de encontrar felicidade,
apenas queimo os olhos.
carlos tronco
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