Um lenço; sem dizer adeus
com a idade perde-se a precisão do gesto
as palavras já não acariciam, magoam
a voz treme, as cordas vocais destoam
perde-se a compostura, a esperança e tudo o resto
era necessário, poder dizer-lho ao ouvido
de quem foi outrora tropical, o sopro quente,
um murmúrio largo e talvez comprido
que a faria rir, ficava eu contente
sonho impossível, humano não é divino
milagres das rosas, não havia pão
chovia, baldes de agua, eu sonhava vinho
nem copo , garrafa, nada tinha à mão
letras eram poucas, pouco sei dizer
sê feliz mulher, eis o meu sermão
Carlos Tronco
Ifs
26/10/12
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