terça-feira, 25 de novembro de 2008

CONTINUA A NEVAR



Continua a nevar tão leve
Que sinto o macio dos teus cabelos
Descer do alto
Continua a nevar tão frio
Que sinto o despertar dos teus seios
Em ofegante peito
Continua a nevar tão tarde
Que sinto o cantar das tuas fontes
E dói-me a alma
Neve
Fonte de alegria para toda criança
Que a junta, as bolinhas, que vão rodando
Para construir um mundo maravilhoso
Tomo consciência
Que os cabelos
Os seios
As fontes
Esculpidos em fresca, mas efémera neve
São teus
E longe,
A alma é nossa
Carlos Tronco “Carpinteiro”
Mondeville
01/03/2005

1 comentário:

Hugo Rebelo disse...

muito bonito este texto, que paradozalmente me aqueceu a alma.

saudações


http:\\coresemtonsdecinza.blogspot.com