segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SUAVE INFINITO



Aqui começa o caminho da luz
A luz que oculta as candeias
Dos séculos passados
A luz que marca o ponto
No horizonte
Na vida

São cores
Que decoram
Que alegram
Que tentam mudar
São cores que guiam
Passos caminhares, tropeços

Tal como símbolos
Bandeiras
Como fontes
Que atraem
Sedentos caminhantes
E dão à luz a fé

Passamos a acreditar
Em um destino
Que talvez possa ser melhor
Um dia
Quando desabrochar
A madrugada

Dia em que
O horizonte
Seja verde
Como os olhos
Da menina
Dos olhos verdes

Então no dia em que cegos possam ver
A cor da esperança
E que o mar se torne doce
Como o doce dos teus lábios
Cessarão os meus intermináveis passos
De quem procura a impossível felicidade

Os olhos secos de há tanto não saber chorar
Abraçarão a imensidade
Do oceano primeiro
Distraídos apenas
Pelo suave aroma
Das laranjeiras em flor.

Carlos Tronco "Carpinteiro"

Torreira
01/07/06

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