Não estou fisicamente presente
Nada mais sou que, janela aberta
Sou música, palavras, mas não sou gente
Distância, a verdade descoberta
Sou presença, sou lembrança e até fado
Sou saudade, com voz rouca, sou carinho
Queria ser, algo mais, o ser amado
E saber, dos teus passos, o caminho
Que o meu caminho encontre, a tua estrada
Como o fio-de-prumo, a vertical
Queria ser, o teu destino ou tudo ou nada
Que os meus olhos cruzassem, os olhos teus
Que o meu olhar, branco puro como a cal
Guiasse os teus sonhos, até aos meus.
Carlos Tronco
Mondeville
12/05/05
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