Se não morasses longe
Se o teu mar tivesse a mesma espuma
Que o meu
Teríamos caminhado de mãos dadas?
Se os meus sonhos
Nascessem nas tuas ondas
Se a tua brisa empurrasse as minhas velas
Teríamos descoberto o amor?
Se a tua tempestade fosse
A razão da minha loucura
E a minha violência a garantia da tua liberdade,
Teríamos envelhecido juntos?
Não me esqueças.
Mesmo se o meu destino
Se perdeu no caminho
Que procuramos juntos.
Carlos Tronco
Mondeville
31/03/09
Acrescentar à letra cor, partilhar da alma o etéreo, mostrar da mão os calos, caminhar, ao lado, em silêncio.
terça-feira, 31 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
Encontrei
Procurava a vida, encontrei o seio
encontrei o caminho, o caminho do meio
procurava a vida, encontrei o amor
e não quero que seja, o caminho da dor
procurava a sombra, encontrei a luz
encontrei o meio, que a ti conduz
procurava sempre, enfim encontrei
e por isso a alma, junto a ti deixei
procurava a vida, encontrei o peito
procurava a cruz, apareceu o amor
nos lábios ofertos, encontrei o jeito
na escuridão da noite perdi o temor.
Carlos Tronco
MONDEVILLE
05/09/05
encontrei o caminho, o caminho do meio
procurava a vida, encontrei o amor
e não quero que seja, o caminho da dor
procurava a sombra, encontrei a luz
encontrei o meio, que a ti conduz
procurava sempre, enfim encontrei
e por isso a alma, junto a ti deixei
procurava a vida, encontrei o peito
procurava a cruz, apareceu o amor
nos lábios ofertos, encontrei o jeito
na escuridão da noite perdi o temor.
Carlos Tronco
MONDEVILLE
05/09/05
segunda-feira, 23 de março de 2009
VOU
Vou-me deitar
com os meus sonhos
como a nau
se deita ao mar,
contra as ondas,
tempestades
só sonhos podem lutar
vou deitar-me só ao mar
sozinho,
vou até acariciar
a espuma com carinho
se o tal mar me deixar
vou
deitar-te ;
vou partir
ergam-se mastros
também velas
que me levem caravelas
junto ao teu mar repousar
Carlos Tronco
Mondeville
19/12/05
com os meus sonhos
como a nau
se deita ao mar,
contra as ondas,
tempestades
só sonhos podem lutar
vou deitar-me só ao mar
sozinho,
vou até acariciar
a espuma com carinho
se o tal mar me deixar
vou
deitar-te ;
vou partir
ergam-se mastros
também velas
que me levem caravelas
junto ao teu mar repousar
Carlos Tronco
Mondeville
19/12/05
sábado, 21 de março de 2009
Marinha
Vê o mar
volta sempre
umas vezes mais alto
outras mais baixo
mas sempre salgado
o essencial
é saber escutar
o que diz o búzio
para o saber levar
volta sempre
umas vezes mais alto
outras mais baixo
mas sempre salgado
o essencial
é saber escutar
o que diz o búzio
para o saber levar
sexta-feira, 20 de março de 2009
Esperar
São sonhos bordados em papel
São dores sentidas à flor da pele
São lágrimas não choradas mas sentidas
Só palavras poderão aliviar
Se alguém a sua voz me emprestar
Eu dou a letra e quem canta dá-lhe vidas
Sonhei vir a dizer algo que sinto
Sonhei e até nem sei se às vezes minto
É difícil separar da realidade
Muitos dirão, que palavras tão banais...
Antes falasse, isso sim, de bacanais
Procuro o sentido da verdade
A presença é por vezes uma dor
Tão frágil como em lençol, um odor
De amores ainda há pouco consumidos
Os lábios queimados pela pele
Tostada, com sabor a doce mel
Dois corpos, em um só ser reunidos
A terra gira, dizem, anda às voltas
As cabeças também e vira as costas
Ao sol, quando é noite e há luar
As cabeças muito pesam nesse instante
Em que o sonho, foge sempre e é mais distante
Mais difícil é o amor de conjugar
Fica aqui, uma mão cheia de palavras
O arado mexeu terra, deixou lavras
As palavras deixo ao vento espalhar
Bem regadas com carinho e ternura
Adubadas de esperança e loucura
A seara com o vento há-de ondular
Carlos Tronco
Cacia
22-08-05
São dores sentidas à flor da pele
São lágrimas não choradas mas sentidas
Só palavras poderão aliviar
Se alguém a sua voz me emprestar
Eu dou a letra e quem canta dá-lhe vidas
Sonhei vir a dizer algo que sinto
Sonhei e até nem sei se às vezes minto
É difícil separar da realidade
Muitos dirão, que palavras tão banais...
Antes falasse, isso sim, de bacanais
Procuro o sentido da verdade
A presença é por vezes uma dor
Tão frágil como em lençol, um odor
De amores ainda há pouco consumidos
Os lábios queimados pela pele
Tostada, com sabor a doce mel
Dois corpos, em um só ser reunidos
A terra gira, dizem, anda às voltas
As cabeças também e vira as costas
Ao sol, quando é noite e há luar
As cabeças muito pesam nesse instante
Em que o sonho, foge sempre e é mais distante
Mais difícil é o amor de conjugar
Fica aqui, uma mão cheia de palavras
O arado mexeu terra, deixou lavras
As palavras deixo ao vento espalhar
Bem regadas com carinho e ternura
Adubadas de esperança e loucura
A seara com o vento há-de ondular
Carlos Tronco
Cacia
22-08-05
quinta-feira, 19 de março de 2009
Senta-te
Senta-te à sombra destas velhas árvores frondosas
e escuta a música do vento
Talvez procures
o sentido da vida
o algures chamado
sagrado Graal
Mas nunca pares
parar é fatal
vê como as ondas
animam os mares
Sentar é diferente
sonhar também dá
no coração da gente
o "caminho" está
e escuta a música do vento
Talvez procures
o sentido da vida
o algures chamado
sagrado Graal
Mas nunca pares
parar é fatal
vê como as ondas
animam os mares
Sentar é diferente
sonhar também dá
no coração da gente
o "caminho" está
quarta-feira, 18 de março de 2009
Para alguém , muito longe
A lua
eterna companheira
das noites de solidão
e raiva
ela
que de do seu terno olhar
domestica mares e marés
tem piedade
do pequeno grão de areia
dançando levemente na praia
que quer aprender a voar
nos braços do vento
Carlos Tronco
Vendôme
19/08/05
eterna companheira
das noites de solidão
e raiva
ela
que de do seu terno olhar
domestica mares e marés
tem piedade
do pequeno grão de areia
dançando levemente na praia
que quer aprender a voar
nos braços do vento
Carlos Tronco
Vendôme
19/08/05
terça-feira, 17 de março de 2009
Aleixadas 1
Rireis sem dúvida, mesmo que seja pouco
E doido sou, estado que reivindico
Pobre de espírito não e se também não sou rico
Partilho a minha alma, de pobre poeta louco.
Carlos Tronco
Mondeville
17/03/09
E doido sou, estado que reivindico
Pobre de espírito não e se também não sou rico
Partilho a minha alma, de pobre poeta louco.
Carlos Tronco
Mondeville
17/03/09
domingo, 15 de março de 2009
Ajudar
Outro dia sentado num banco de cimento falava com um Senhor que tinha passado uma grande parte da sua vida a ajudar por esse mundo fora, género médico sem fronteiras...
Falávamos da assistência medical ao "terceiro e quarto mundo"
...se construíssemos esgotos dignos deste nome rapidamente desapareceria o problema da cólera e as campanhas "publicitárias" de "ajuda" dos países ricos com grandes reforços de dólares rapidamente se tornariam inúteis podendo então as verbas em questão serem consagradas à educação, à prevenção básica...
Ajudar
Acaba por ser hábito
Mas a gente ajuda com uma moedinha
Bate no peito
Esperando que o barulho
Tão sem jeito
Apoquente a pobreza
E logo fuja
Noutros tempos se ousava
E até Cristo
Caçava os vendilhões do templo
Que tristeza
Hoje apenas queremos por exemplo
As estrelinhas, senão bilhetes verdes
E eu diria
Enquanto dinheiro prevalecer
As crianças vão continuar a morrer.
Carlos Tronco
Aveiro
17/08/05
Falávamos da assistência medical ao "terceiro e quarto mundo"
...se construíssemos esgotos dignos deste nome rapidamente desapareceria o problema da cólera e as campanhas "publicitárias" de "ajuda" dos países ricos com grandes reforços de dólares rapidamente se tornariam inúteis podendo então as verbas em questão serem consagradas à educação, à prevenção básica...
Ajudar
Acaba por ser hábito
Mas a gente ajuda com uma moedinha
Bate no peito
Esperando que o barulho
Tão sem jeito
Apoquente a pobreza
E logo fuja
Noutros tempos se ousava
E até Cristo
Caçava os vendilhões do templo
Que tristeza
Hoje apenas queremos por exemplo
As estrelinhas, senão bilhetes verdes
E eu diria
Enquanto dinheiro prevalecer
As crianças vão continuar a morrer.
Carlos Tronco
Aveiro
17/08/05
sábado, 14 de março de 2009
Carpinteiro
Já não há madeiros, tudo ardeu; foi em fumo!
Onde pregar as minhas mãos se não em cruz?
Não queria ter de roubar, mostrando o punho
Ao filho da Virgem Mãe, ao Deus Jesus.
Onde pregar as minhas mãos; que não se juntem!
Como muitos, só as portas da morte, sei rezar
E o Menino detesta que lhe untem
As mãos, uma vez na vida, por calhar...
Detesta a hipocrisia dos rebanhos
Que se atiram da falésia para o mar
Mas recusam, até a pureza dos sonhos.
Pede sim que respeitem os Mandamentos
Que gravou para Moisés lá no Sinaï
Interpretados por cada um, como por ventos...
Carlos Tronco
Torreira
12/08/05
Onde pregar as minhas mãos se não em cruz?
Não queria ter de roubar, mostrando o punho
Ao filho da Virgem Mãe, ao Deus Jesus.
Onde pregar as minhas mãos; que não se juntem!
Como muitos, só as portas da morte, sei rezar
E o Menino detesta que lhe untem
As mãos, uma vez na vida, por calhar...
Detesta a hipocrisia dos rebanhos
Que se atiram da falésia para o mar
Mas recusam, até a pureza dos sonhos.
Pede sim que respeitem os Mandamentos
Que gravou para Moisés lá no Sinaï
Interpretados por cada um, como por ventos...
Carlos Tronco
Torreira
12/08/05
sexta-feira, 13 de março de 2009
O que diz o silêncio
Venho escutar o silêncio
Dos teus lábios que recusam
Os meus beijos
Do teu ventre
Que recusa a semente
Dos meus cravos
Dos meus sonhos
Tão-somente
Venho corda ao pescoço
Tal Moniz
Rendido ao charme mudo
Dos teus olhos
Ao sorriso surdo que enfeita
A tua face
Menina, mulher e mãe
Sempre direita
Venho talvez queimar-me
Tal insecto
Voador
Sem asas
Sem destino
Queimar-me corpo e alma
Em tua mão
Estendida suave, doce
É o pão
Que alimenta
O palpite
Do meu peito
Carlos Tronco
Torreira
10/08/05
Dos teus lábios que recusam
Os meus beijos
Do teu ventre
Que recusa a semente
Dos meus cravos
Dos meus sonhos
Tão-somente
Venho corda ao pescoço
Tal Moniz
Rendido ao charme mudo
Dos teus olhos
Ao sorriso surdo que enfeita
A tua face
Menina, mulher e mãe
Sempre direita
Venho talvez queimar-me
Tal insecto
Voador
Sem asas
Sem destino
Queimar-me corpo e alma
Em tua mão
Estendida suave, doce
É o pão
Que alimenta
O palpite
Do meu peito
Carlos Tronco
Torreira
10/08/05
quinta-feira, 12 de março de 2009
As minhas mãos
As minhas mãos, cativam o teu olhar
Não sei se, seduzida pelas marcas do tempo
Se pelo instante do momento
Sei que hesitavas
Será que ali vias a mão estendida
A mão que magoa
A mão que castiga
Ou aquela que acaricia, segura, impede.
Não sabia, e para não perder
A tua esperança,
Passei a usar luvas negras.
Carlos Tronco
Mondeville
12/03/09
terça-feira, 10 de março de 2009
Marinha do mar
Olha o mar e vê
na crista das ondas
as rendas de espuma
salgada
Uma à uma
as ondas do mar
se vêem soltar
aos teus pés oh deusa
Doce de encantar
o tempo ao passar
faz de ti a musa
de alguém a sonhar
Carlos Tronco
Com um "jacarezinho" de ternura
na crista das ondas
as rendas de espuma
salgada
Uma à uma
as ondas do mar
se vêem soltar
aos teus pés oh deusa
Doce de encantar
o tempo ao passar
faz de ti a musa
de alguém a sonhar
Carlos Tronco
Com um "jacarezinho" de ternura
segunda-feira, 9 de março de 2009
Andante, piano piano...
Ando
por aqui
aos pontapés à vida
sem rumo
sem sumo
que possa acalmar
a sede de mundo
veleiro sem mar
de velas caídas
chama por apagar
...ou luz não acesa
no centro da mesa
festim; despedida
na mesa da vida
se vêm queimar
em chama
(que parece viva)
A mesa da vida
parece um altar
onde os sonhos
querida
se vêm
sacrificar.
Carlos Tronco “Carpinteiro"
Torreira
01/08/05
por aqui
aos pontapés à vida
sem rumo
sem sumo
que possa acalmar
a sede de mundo
veleiro sem mar
de velas caídas
chama por apagar
...ou luz não acesa
no centro da mesa
festim; despedida
na mesa da vida
se vêm queimar
em chama
(que parece viva)
A mesa da vida
parece um altar
onde os sonhos
querida
se vêm
sacrificar.
Carlos Tronco “Carpinteiro"
Torreira
01/08/05
domingo, 8 de março de 2009
Raquel
Um simples nome, mulher criança e esguia
Menina bonita; em quem há muito pensava...
Desde os bancos da escola, às festas em que bailava
Aquele olhar tão meigo; cabelo solto eu via
Uma boneca de trapo, uma boneca esquecida
Uma presença dizes; a companhia de leito
Se naquele tempo antigo, apenas nascia o peito
Agora nasce a saudade dos velhos tempos da vida
Morávamos na mesma rua, íamos juntos à escola
Apenas te observava, silêncio por confidente
Por vezes contigo sonhava, em vez de jogar à bola
Castanhos os teus cabelos, morena a tua pele
Se os anos foram passando, se esquecemos tanta gente
Com carinho vou lembrando, a pequenina Raquel
Carlos Tronco
Mogaflores
31/07/05
Menina bonita; em quem há muito pensava...
Desde os bancos da escola, às festas em que bailava
Aquele olhar tão meigo; cabelo solto eu via
Uma boneca de trapo, uma boneca esquecida
Uma presença dizes; a companhia de leito
Se naquele tempo antigo, apenas nascia o peito
Agora nasce a saudade dos velhos tempos da vida
Morávamos na mesma rua, íamos juntos à escola
Apenas te observava, silêncio por confidente
Por vezes contigo sonhava, em vez de jogar à bola
Castanhos os teus cabelos, morena a tua pele
Se os anos foram passando, se esquecemos tanta gente
Com carinho vou lembrando, a pequenina Raquel
Carlos Tronco
Mogaflores
31/07/05
quarta-feira, 4 de março de 2009
Como morre um sonho
Perdido
Como se perde o sol
Quando a lua cheia
Vem para espreitar
Perdido
Entre sonho e frio
De solidão escolhida
Para que sare a ferida
De quem não pode amar
Perdido
Como gota de água
Em deserta areia
Rio que desagua
E é do mar a veia
Perdido em olhos
São sonhos profundos
Nos olhos do mundo
Se perde o olhar
Pois são tão imundos
Que podem cegar
Nos olhos no peito
Um amor-perfeito
Começa a encantar
Ao charme sujeito
Perdido sem jeito
Me deixo levar
O sol vai morrendo
Extinto o incêndio
Em águas de mar
Em doce fogueira
A estrela trigueira
Se deixa afogar
Carlos Tronco
Torreira
25/07/05
Como se perde o sol
Quando a lua cheia
Vem para espreitar
Perdido
Entre sonho e frio
De solidão escolhida
Para que sare a ferida
De quem não pode amar
Perdido
Como gota de água
Em deserta areia
Rio que desagua
E é do mar a veia
Perdido em olhos
São sonhos profundos
Nos olhos do mundo
Se perde o olhar
Pois são tão imundos
Que podem cegar
Nos olhos no peito
Um amor-perfeito
Começa a encantar
Ao charme sujeito
Perdido sem jeito
Me deixo levar
O sol vai morrendo
Extinto o incêndio
Em águas de mar
Em doce fogueira
A estrela trigueira
Se deixa afogar
Carlos Tronco
Torreira
25/07/05
terça-feira, 3 de março de 2009
Sonhei Lisboa
Pretendi poder mudar a serra
de sítio
pois ali bem não ficava
mas a serra se agarrava
como vento às velas do navio
Era bom acreditar no sonho meu
era bom deixar a brisa me levar
como vela
em tempestade, ao rasgar
também eu
sonhos de papel
vim queimar
Era Agosto, ardia o monte
queimava a vida
era verão e as labaredas assobiavam
era verão
e calor sonhos queimava
como queima em Fevereiro o agreste frio
Vinha para amar
era o destino
era o fado
que de mansinho me empurrava
era Lisboa
era o Tejo que esperava
passeando vaidoso como um rio
Cheguei
mas o destino é vadio
por vezes
esquece a sina e perde a fé
e Lisboa a fadista,
que arrepio...
esqueceu ao que vinha e deu ao pé
Fiquei
perdido
ali fiquei
no deserto cais
enquanto a distância ia aumentando
do barco já nem se via nem a vela
virei-me para ao mar
e fui amando
Carlos Tronco
Lisboa
09-08-05
de sítio
pois ali bem não ficava
mas a serra se agarrava
como vento às velas do navio
Era bom acreditar no sonho meu
era bom deixar a brisa me levar
como vela
em tempestade, ao rasgar
também eu
sonhos de papel
vim queimar
Era Agosto, ardia o monte
queimava a vida
era verão e as labaredas assobiavam
era verão
e calor sonhos queimava
como queima em Fevereiro o agreste frio
Vinha para amar
era o destino
era o fado
que de mansinho me empurrava
era Lisboa
era o Tejo que esperava
passeando vaidoso como um rio
Cheguei
mas o destino é vadio
por vezes
esquece a sina e perde a fé
e Lisboa a fadista,
que arrepio...
esqueceu ao que vinha e deu ao pé
Fiquei
perdido
ali fiquei
no deserto cais
enquanto a distância ia aumentando
do barco já nem se via nem a vela
virei-me para ao mar
e fui amando
Carlos Tronco
Lisboa
09-08-05
segunda-feira, 2 de março de 2009
Alento
Passava distraído, olhei, senti-me bem
Vi amigos, vi amigas, sentei-me, deixei-me estar
Nada tinha para dizer, também não sabia cantar
Não importa, nesta vida, há sempre que partilhar
Vi amigos, vi amigas, sentei-me, deixei-me estar
Nada tinha para dizer, também não sabia cantar
Não importa, nesta vida, há sempre que partilhar
domingo, 1 de março de 2009
Soprar a vida
És barro nas minhas mãos
a vida te hei-de dar
soprando, sonhado, ar
destino e fado irmãos
Sonho ser um Deus do campo
capaz de semear vento
quero ser o teu alento
do teu coração, um canto
Sou doido e dá para rir
a tristeza não da vida
chegou o momento de ir
Pelo caminho do alto
levar a doidice ao céu
promessa a que não falto
Carlos Tronco
Mondeville
12/02/06
a vida te hei-de dar
soprando, sonhado, ar
destino e fado irmãos
Sonho ser um Deus do campo
capaz de semear vento
quero ser o teu alento
do teu coração, um canto
Sou doido e dá para rir
a tristeza não da vida
chegou o momento de ir
Pelo caminho do alto
levar a doidice ao céu
promessa a que não falto
Carlos Tronco
Mondeville
12/02/06
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