Acrescentar à letra cor, partilhar da alma o etéreo, mostrar da mão os calos, caminhar, ao lado, em silêncio.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Trasmontana
Saia comprida mas negra
debaixo do avental
Blusa de cores, garrida
manta cinzenta, mortal.
Nos cabelos carrapito
nos olhos, o infinito
nos lábios, o sabor do mal.
O rosto fora bonito
cobre-a um lenço esquisito
Quem é? Que faz afinal?
É norte, são Trás-os-Montes
por vezes perto das fontes
pode-se ver, a fiar...
Leva na mão uma roca
com a outra gira um fuso
a lã é de cordeiro luso;
Em cada pé uma soca
Não tece esperança, mas medos
e a lã que ela fia
é a única alegria
que lhe passa pelos dedos.
À Mãe Lurdes
Às mulheres de Tinhela, concelho de Valpaços
Carlos Tronco
Mondeville
24/08/06
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