domingo, 30 de setembro de 2012


Trança de sonhos e pecados

Deita-te sobre mim
que possa
fazer tranças, de olhos fechados
dos teus sonhos e dos meus pecados

deita-te para apaziguar

os meus pedidos são muitos
mas creio que assim juntos
não haja frio nem mar

tu serás a minha vela
haja vento e não cautela
o oceano é pequeno

se tu beijares os meus lábios
não prometo sermos sábios
mas será amor sereno

tal é a distância, entre a razão e o sonho
uma intersecção que um deus proibia
o sonho andava triste, como o outono
enquanto a razão de tão só, só sofria

um dia, foi engano? a consciência despertou
há muito observava, a valsa de estes dois
ao sentir tanta distância, pegou no lenço e chorou
e a partir de ai, não acreditou no depois

carlos tronco
caen
29/09/2012