Acrescentar à letra cor, partilhar da alma o etéreo, mostrar da mão os calos, caminhar, ao lado, em silêncio.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Além-Tejos
Entre sobreiros que fornecem a cortiça
E o fundo mar que lhe permite navegar
Nasce no profundo Alentejo
O sorriso que acompanha o meu pensar
Entre pinheiros e resina
Sonhos, também quimeras, desejar
A distância é algo como as cortinas
Através delas interrogo o teu olhar
Carlos Tronco
Melides
Agosto 07
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Abre-te coração
Para beijar o coração
como quem beija uma mão
terá que se abrir o peito
com facadas, com punhais
com palavras e muito mais
com carinho e com jeito...
como quem beija uma mão
terá que se abrir o peito
com facadas, com punhais
com palavras e muito mais
com carinho e com jeito...
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Dizer
dói-me ver-te assim longe
sem poder tocar-te
-nem me digas nada.
sem poder secar as tuas lágrimas
-sabes...
sem poder beijar os teus olhos
impotente
frente a distancia
ao tempo
dói-me e nos dedos que tremem
ao escrever o teu nome
sinto os segundos fugir
como água que não lava
de tanto correr
quisera fazer tranças
dos teus cabelos
dizer o indizível
e até não falar
ser mudo
mas sussurrar ao teu ouvido
amo-te
carlos tronco
primeiros minutos de Janeiro 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Vaga-lumes
Vaga-lumes,
micróbios estrelas,
luzes amarelas?
São verdes?
Vermelhas?
Pequenas são elas
E a ti, ofereço
As luzes mais belas
carlos tronco
luso poemas
30/12/09)
micróbios estrelas,
luzes amarelas?
São verdes?
Vermelhas?
Pequenas são elas
E a ti, ofereço
As luzes mais belas
carlos tronco
luso poemas
30/12/09)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Fado do amanhecer
Se não é lindo, é um fado
a sina assim o quis
um fado escrito a giz
no negro profundo, de um quadro
Se é lindo porque diz
o que da alma expressa
a alma de aprendiz
é linda, mas não confessa
Ser lindo será pecado?
De palavras capitais,
talvez seja até recado
Das cordas ouvimos ais.
Só cordas de enforcado,
nunca cantam, nunca mais.
Carlos Tronco
a sina assim o quis
um fado escrito a giz
no negro profundo, de um quadro
Se é lindo porque diz
o que da alma expressa
a alma de aprendiz
é linda, mas não confessa
Ser lindo será pecado?
De palavras capitais,
talvez seja até recado
Das cordas ouvimos ais.
Só cordas de enforcado,
nunca cantam, nunca mais.
Carlos Tronco
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Pretendi
Pretendi esquecer
Quem era
Esqueci o vento
E ao sol atento
Quase não sorri
Esqueci a terra
Esqueci a guerra
Esqueci a língua
O tempo que mingua
Esqueci-me aqui
Perdi o alento
Se bem me recordo
Esqueci que era
Vivo
E me perdi
Perdi-me em sonhos
Perdi o destino
Se calhar o tino
Perdi-me de ti
Um dia voltei
Sem ter sido rei
E estamos aqui
Carlos Tronco
Baron sur Odon
01/01/2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Imagino
Sei
que as minhas mãos
nada mais provocam
em ti
que arrepios.
Sobretudo,
quando
beijando a tua nuca,
deixo escorregar
as minhas mãos
da ponta dos teus seios
até ao redondo
das tuas ancas.
Imagino aquele deus
amassando barro.
Imagino,
pois escrever
não sei.
Carlos Tronco
Mondeville
09/02/10
que as minhas mãos
nada mais provocam
em ti
que arrepios.
Sobretudo,
quando
beijando a tua nuca,
deixo escorregar
as minhas mãos
da ponta dos teus seios
até ao redondo
das tuas ancas.
Imagino aquele deus
amassando barro.
Imagino,
pois escrever
não sei.
Carlos Tronco
Mondeville
09/02/10
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Um adeus
Um adeus apenas
até à ponta branca de um lenço
agitado
até o vento acalmar
um adeus
uma dessas tristes cenas
em que o barco se vai
e fica por companhia
o mar
Carlos Tronco
Luso poemas
13/12/09
até à ponta branca de um lenço
agitado
até o vento acalmar
um adeus
uma dessas tristes cenas
em que o barco se vai
e fica por companhia
o mar
Carlos Tronco
Luso poemas
13/12/09
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Os simples e não menos concretos
Coisas simples;
um apelo à essência,
ao imprescindível,
a procura de um equilíbrio
Há quem fume depois do amor
A mim,
agrada-me a ideia,
de um acordar ao som de primavera
e partilhar torradas e café com leite.
A chuva é uma promessa de abundância
O carinho?
Adoro
A poesia não é o pão quente das almas ligeiras?
O alento que sente soprando ao vento,
os sonhos, os suspiros
As letras escritas
e simples
de quem a saudade peneira?
Carlos Tronco
Mondeville
23/11/09
ONDE ESTAS?
Medir a saudade, como quem mede a lágrima
enchendo a almotolia para que brilhe a chama
e atento ao tempo que não passa, ao amor sem sorrir
sufocar, desalento, esperando alguém
Que não ficou por vir e como vir não tem
Medir a milímetro e de braços abertos
para abraçar a vida, para parar o tempo
medir para abraçar e os cabelos descobertos
deixar o senhor vento espalhar o meu tormento
que enfim amando, possa ser feliz
Tristeza é coisa que passa
só quem vive, pode sentir
triste hoje para amanhã sorrir
Carlos Tronco
Mondeville
21/11/09
enchendo a almotolia para que brilhe a chama
e atento ao tempo que não passa, ao amor sem sorrir
sufocar, desalento, esperando alguém
Que não ficou por vir e como vir não tem
Medir a milímetro e de braços abertos
para abraçar a vida, para parar o tempo
medir para abraçar e os cabelos descobertos
deixar o senhor vento espalhar o meu tormento
que enfim amando, possa ser feliz
Tristeza é coisa que passa
só quem vive, pode sentir
triste hoje para amanhã sorrir
Carlos Tronco
Mondeville
21/11/09
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Entre sonhos e penas alguém há-de voar...
Escolher, também é exercer a liberdade
escolhemos, portanto muitas vezes as algemas
e assim morremos presos ao passado, à saudade
somando sonhos perdidos, com perdidas penas
escolhemos, portanto muitas vezes as algemas
e assim morremos presos ao passado, à saudade
somando sonhos perdidos, com perdidas penas
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