terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eu chamo

Eu chamo
"Demónio de Sócrates" à consciência
Ser consciente,
Estar consciente
Perder consciência
Tomar consciência.
Mas
Com o tempo
Talvez comece a misturar
Trata-se da minha verdade
Sem dúvida diferente da tua
Certamente diferente da verdade
Pois a verdade dói
Dói a dor da alma
Dói o não amor
E o escuro
Quando se faz silencioso o sentimento
Dói caminhar
Doem as pernas
Que não arrastaram pés
Sempre no mesmo lugar
Será que os sapatos têm pátria
E não a querem deixar?
Dói
Mas acaba por encantar.
A dor.

Carlos Tronco

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