domingo, 8 de março de 2009

Raquel

Um simples nome, mulher criança e esguia
Menina bonita; em quem há muito pensava...
Desde os bancos da escola, às festas em que bailava
Aquele olhar tão meigo; cabelo solto eu via

Uma boneca de trapo, uma boneca esquecida
Uma presença dizes; a companhia de leito
Se naquele tempo antigo, apenas nascia o peito
Agora nasce a saudade dos velhos tempos da vida

Morávamos na mesma rua, íamos juntos à escola
Apenas te observava, silêncio por confidente
Por vezes contigo sonhava, em vez de jogar à bola

Castanhos os teus cabelos, morena a tua pele
Se os anos foram passando, se esquecemos tanta gente
Com carinho vou lembrando, a pequenina Raquel

Carlos Tronco
Mogaflores
31/07/05

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