quarta-feira, 15 de abril de 2009

Velas rotas queimam a esperança




Além, após o mar,
Adormecem as ondas
Para que despertem os meus sonhos.

Tu, que esperas, no novo dia,
Enfim a alvorada,
Ofereces a tua nuca à minha loucura.

O oceano rebela-se ;
As ondas fustigam os penedos,
Mas na planície, já o trigo ondula
E a música acorda.

Primeiro é preciso acreditar.
Depois, o amor acontece.

Além, após o mar,
Descem as velas do mastro
Para se erguerem os punhos da esperança.

Como me reconheceras?

Não!

Não levarei comigo a bandeira de uma Pátria
Que não soube alimentar os seus filhos.

Nem crucifixo "genocidário".

O meu cravo vermelho
Esta tatuado no interior do peito
E apenas, nos calos da minha mão estendida
Poderás ler a sina
Do nosso eterno amor.

Carlos Tronco
Caen
15/04/09

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