segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Depois de sete dias no deserto

Depois de sete dias
No deserto
Sem água
Para refrescar o espírito
Nem sustento
Para a alma
Colocou de novo a questão
Ao criador:
-O que é a Vida afinal?
Este após alguma hesitação respondeu:
-A questão não é saber,
o que é a Vida,
para começar a viver.
Deixai a vida acontecer
E depois sábios de mil experiencias,
Podereis dar um sentido à Vida.

Puxei pelo violão...
Depois de sete dias no deserto
Sem pão, sem mel, tendo por perto
Apenas as asas a pesar
Sentimos e o pensamento voa
A razão perdida, a sede do momento
E a voz que diz; será a voz do vento?
Eu sete dias e o mundo de fome ecoa!

Não somente de um jejum voluntario
Como o Cristo quando aceitou o calvário
Mas fome imposta por quem manda
Uns gordos, fartos, cheios de toucinho
Outros miseráveis como o chamado Deus menino
Vão e vêm como do mar a branca onda.

Sem comentários: