quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Morra a sede!

Na cova, o silêncio enterrado
E no barro cozido de forma humana
Lembrei aquele outro barro, em narinas soprado
Por um Deus criador, em um findar de semana.

Dizem ter criado o mundo em sete dias
O último tendo sido para descansar
E eu procuro nesta terra as liturgias
Que para além da verdade, me permitam sonhar.

Como aqui nesta vala dos tempos antigos
Nem verdade nem sonhos tenho encontrado
Mas apenas guerreiros, morte, meus amigos.

E sonho em vez de armadas, construir um par
De barro ânforas para o vinho
Morra a sede, pois nada mais se deve matar.

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