sábado, 17 de abril de 2010

Bretanha




mar semeado de rochedos negros
inferno de granito,
um quase atlântico
sente-se a morte,
teme-se o mito
e o tempo passa
gritando
o seu triste pranto
a maré vai
e sempre volta
a fugir
abraçando areias
alimentando conchas
e os rochedos cansados
de orar e pedir
desfazem-se em pedaços,
rolam feitos bolas,
mas alma de pedra
ninguém sabe medir

Carlos Tronco
Île de Batz
17/04/10

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo rochedo!Belíssimo poema,que me transportou aos mares e às odisseias dos navegadores portugueses(inferno,negros,sente-se a morte,teme-se o mito)e tambem me fez pensar na cultura Celta e numa boa "galette"`.Parabens,Carlos Tronco.Continuarei a ser assídua,aqui pelo teu Blog.E nunca deixes de escrever,alimentas a tua e a alma de quem te lê.Obrigada.nina