terça-feira, 29 de junho de 2010

Juramentos. E o tempo passa...




Nunca te disse, sonhei
Nunca beijei os teus lábios
Se não sorri, não chorei
Se não falei, foi pecado

Se eram doces ou salgados,
Ousara e pudera ser amado

Se o disse, já vai longe
O tempo dos doces sonhos
Não esqueci, tornei monge
E adoro os teus olhos

A vida é que continua
A minha dor é só tua

O tempo é que não para
E se a alma não se amarra
O coração é volúvel
Passam anos como nuvem

O tempo passa depressa
Quando o juízo regressa
Choro não faz ganhar nada
A lembrança é sempre amarga!

É verdade, assim sonhei
Juramentos. E o tempo passa...


Carlos Tronco
Mondeville
21 juin 2010

1 comentário:

Anónimo disse...

O tempo passa mas volta e com ele os sentimentos que uniram para sempre os humanos!!!!



dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se Dão-se os lábios, dão-se os braços
aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.
Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarçe,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.
António Gedeão

Beijos doces