segunda-feira, 14 de janeiro de 2013




A culpa

A culpa não é minha
O campo ardia
E a chama tinha
Algo
Comparado à poesia

Deixei-me consumir
Até na aguardente me deitei
A culpa não é minha
Nem sequer do rei
Que mataram
Assim 
Já não come
A culpa não é minha
Mas em cada arvore que queimais
Algo na minha alma
Adormece
Como um jardim de cravos
Onde agora
Só florescem calhaus

Carlos Tronco
Granville
7/01/13

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