quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Divagações

Perguntei
Ao silêncio da noite
O que procuravas
Aqui
Nesta teia
Que temias tu, sereia
Algum beijo
Ou um açoite
Para
No longínquo anonimato
Deste meio
Virtual
De se amar
A si mesmo
Sem prazer
Olhemos a “tela”
E vemos feio
A nossa cara
Nossas crenças
Nosso ser
Que procuramos então
Juntos aqui
Vida, vidas, teatro
Ou real sentir
A distância
A máscara do tempo
Muralha que defende o sentimento
Qual fracasso escondemos ao ouvir
Letras, letras, letras
Sinceras ou tretas
Confissões ousadas
Palavras pesadas
Sentimentos censurados
Namorados
Mas que sentido dar
Sentir mas não tocar
Não ver sequer
Lágrimas
Escutando o lamento
Amor virtual
Sem pecado capital
O essencial esta salvo
A alma, a alma, a alma
O que não impede de arder
A chama, a chama, a chama
E virtualmente
sofrer...

CT
Mondeville
12/05/06

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