quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Noites de inverno


Na minha rua, quando o vento é tão duro que torna o branco puro...

Quando a esperança é corroída pela espera
Que nada mais que desilusão colore o espaço
Que nem o perfume suave da primavera
Tempera a falta de carinho do teu braço

Passado a volta dos ombros meus
Como quem diz amigo, estou aqui
Apenas me resta e são teus
Alguns versos que distraído escrevi

Tu que em ternura transformaste
A ansiedade das noites de solidão
Tu que tantos fados acompanhaste

Soubeste despertar doce paixão
E depois se em silêncio te retiraste
Foi por teres escutado o coração

Carlos Tronco
Fui falar de ti às árvores
Mondeville
10/04/05

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