domingo, 22 de fevereiro de 2009

Caroço tambem é cereja




As cerejas estão maduras
Vermelhas, redondas, puras
Suaves como o teu seio
Fruta dôce levo a boca
E o sumo até sufoca
Quando o dente; racha ao meio

Por vezes até me distraio
A sorrir como um catraio
Então o caroço engulo
Sinto um nó na garganta
Eis senão quando ela canta
O caroço deu um pulo

Estranho direis senhoras
Cantar fado a estas horas
Por causa de um carocinho
Deles nascem as “cerdeiras”
Que florescem as primeiras
Cuja sombra dá jeitinho

Vinde pois oh meus amores
Ver das “cerdeiras” as flores
Vinde enfeitar as orelhas
Redondinhas , de mãos dadas
Duas cerejas pelas caudas
Namoram como parelhas

Carlos Tronco
Mondeville
07/07/05

1 comentário:

AnaMar (pseudónimo) disse...

Adoro cerejas.
E achei lindo este poema.