quinta-feira, 7 de maio de 2009

Duvido, mas procuro

Não é por não poder, que amar não quero
Não é por eu te amar, que perder me vou,
Além de tudo, a vontade é de ferro,
De tudo um dia dar, como um Deus, o dou

Deu olhos e a luz nos mostra o caminho,
A vontade faz o resto e aqui estou
Mas sempre avançar, mesmo se for sozinho,
Legume ou cordeiro, é que eu não sou.

Vinde pois; segui-me, se assim o desejais
A senda é escarpada, e até fere os pés,
Mas sede sem mais, do que simples animais

Livres, inventivos, sede enfim amantes
Partilhai o corpo, a alma e os bornais
Sereis então felizes, mais felizes do que antes

2 comentários:

AnaMar (pseudónimo) disse...

Mesmo a propósito este belo poema.
"Não é por te amar que perder me vou..."
Acredito que vale a penas perdermo-nos por amor

Adriana Carla disse...

Só o amor refaz a alma e o mundo de uma pessoa. Logo diria: " É por te amar que perder-me vou. " Um beijo na testa!