sábado, 2 de janeiro de 2010

A criação de um mundo






A criação de um mundo 4

Depois de chegada a água, tornava-se possível a reflexão. Mas, para que na superfície lisa e calma das águas pudesse cintilar a inteligência, era necessário que existisse a luz; no segundo dia, o criador desejou a luz, e a claridade apareceu. Não a luz pálida e vacilante de um círio, brilhando apenas porque se mantêm as trevas da ignorância e que a mais ligeira brisa pode afogar. Uma luz dosada, económica e alta para que todos pudessem tirar proveito.
Dosada, porque todos sabemos o quanto as estrelas rendem cego. Económica para ser acessível a todas as bolsas. Alta para que a humanidade se levante. Para que tentando realizar o sonho último, o de tocar a luz, enfim escolha o caminho do alto e nunca mais aceite andar de rastros.

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