terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A criação de um mundo




A criação de um mundo 7
A obra avançava; Podiam-se adivinhar desde agora os contornos do caminho do alto.
A meta aproximava-se, e com a proximidade do fim, começaram a aparecer as dúvidas.
Seriam as paredes suficientemente espessas para resistir ao assalto da ignorância?
Seriam as canalizações suficientemente resistentes para resistir a pressão da impureza?
Seria a luz suficientemente clara, para que se tornasse evidente a emancipação?
Era questão de saber e logo de ciência.
Era questão de pureza e logo de consciência.
Era questão de liberdade e logo de justiça.
No quinto dia o palácio, foi equipado com os apetrechos necessários ao seu funcionamento.
Aqui uma torneira que iria ofertar a água, além uma lâmpada para distribuir a luz.
A torneira fechada vedaria a água?
Com a humidade não haveria risco de choque eléctrico?
As dúvidas conduziam-me a perfeição do gesto e a perfeição do gesto à tranquilidade da alma. A experiência era a via do aperfeiçoamento.
No quinto dia as dúvidas apareceram e com as dúvidas nasceu a filosofia.

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